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Fundação Anísio Teixeira

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Biografia Resumida de Anísio Teixeira

Anísio Spínola Teixeira nasceu em Caetité, sertão da Bahia, em 12 de julho de 1900. Após sólida formação adquirida em colégios jesuítas de Caetité e Salvador, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro em 1922 e obteve o título de Master of Arts pelo Teachers College da Columbia University, em Nova York, em 1929. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em março de 1971.

Considerado um dos maiores educadores brasileiros, Anísio Teixeira deixou uma obra pública excepcional que, ainda hoje, está à frente do nosso tempo. Sua formação educacional foi fortemente influenciada pelo pragmatismo do filósofo John Dewey, de quem foi aluno no Teachers College e cujas idéias divulgou no Brasil. Mas foi, sobretudo, nos embates entre a gestão cotidiana da educação e sua visão de futuro, em meio a aliados e adversários, que aprendeu a organizar homens e instituições.

Iniciou-se na vida pública em 1924, no governo Góes Calmon (1924-1928), como Inspetor Geral do Ensino da Bahia, passando logo depois a Diretor da Instrução Pública desse estado. Mais tarde, já no Rio de Janeiro, assumiu a Secretaria de Educação e Cultura do Distrito Federal, no governo do prefeito Pedro Ernesto (1931-1935). Nessa gestão conduziu importante reforma educacional que o projetou nacionalmente, foi signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), teve participação ativa na Associação Brasileira de Educação (ABE), criou a Universidade do Distrito Federal (UDF). Demitiu-se em 1935, diante de pressões políticas que inviabilizaram sua permanência no cargo, refugiando-se no interior de seu estado natal. Entre 1937 e 1945, afastado da vida pública, permaneceu na Bahia, dedicando-se a atividades de mineração, comércio e tradução de livros.

Em 1946, a convite de Julien Huxley, assumiu o cargo de Conselheiro de Ensino Superior da UNESCO, retomando sua atividades na área educacional. De volta ao Brasil em 1947, aceitou o convite de Otávio Mangabeira, recém-eleito governador da Bahia, para ocupar a Secretaria de Educação e Saúde desse estado, posto no qual permaneceu até o final desse governo (1947-1951). Nessa administração fez construir em Salvador o Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, mais conhecido como Escola Parque, uma experiência inovadora de educação integral, onde atividades artísticas, socializantes e de preparação para o trabalho e a cidadania, e mais alimentação, higiene e atendimento médico-odontológico, complementavam as práticas educativas tradicionais. Esta obra, pioneira no Brasil, projetou-o internacionalmente.

Na década de 50 teve atuação destacada na esfera federal, no Ministério da Educação. Em 1951 assumiu a Secretaria Geral da Campanha de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, que seria por ele transformada em órgão, a CAPES. Em 1952 assumiu também o cargo de diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP). Criou, então, o Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE) e uma rede de 5 Centros Regionais, com o objetivo de elaborar estudos antropológicos e sociológicos sobre a realidade brasileira. Durante sua gestão na CAPES e no INEP, proferiu inúmeras conferências no Brasil e no exterior, incentivou a criação de bibliotecas no país, foi eleito por duas vezes presidente da SBPC, participou ativamente da discussão da LDB (1961). Nesses anos de árdua luta pela escola pública, editou o seu livro mais polêmico: Educação não é privilégio (1957). E foi ainda nessa época que se tornou professor universitário, assumindo a cadeira de Administração Escolar na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, hoje UFRJ.

No início dos anos 60, juntamente com Darcy Ribeiro, foi um dos mentores da Universidade de Brasília (1961), tornando-se seu 2º reitor em 1963. O golpe militar de 1964 o afasta, mais uma vez, das suas funções públicas. A convite de universidades americanas, viaja para os Estados Unidos para lecionar como “visiting scholar”. De volta ao Brasil, completou o seu mandato no Conselho Federal de Educação (1962-1968), tornou-se consultor da Fundação Getúlio Vargas e retomou suas atividades de tradutor e escritor na Editora Nacional, organizando coleções e reeditando alguns de seus livros.

A história da educação brasileira, no século XX, está marcada por suas idéias e ações em favor da democratização das oportunidades de acesso à educação pública, universal, gratuita, laica e de qualidade. Sua obra representa um patrimônio importante da cultura nacional. O que produziu e criou permanece vivo, como mensagem inspiradora dos intelectuais e educadores brasileiros na virada do milênio.

Para saber mais sobre Anísio Teixeira, visite a Biblioteca Virtual Anísio Teixeira

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