< < | HISTÓRICO DO CEB
O Centro de Estudos Baianos (CEB), sociedade civil de caráter cultural transdisciplinar, foi criado em 31 de julho de 1941 por um grupo interdisciplinar de personalidades e intelectuais, dentre as quais destacam-se Afrânio Coutinho, Jorge Calmon, José Calasans, Oldegar Franco Vieira, Walter Veloso Gordilho, Rômulo Almeida, Diógenes Rebouças, José Valadares, Frederico Edelweiss, Nestor Duarte.
Em 17/05/1974 a Universidade Federal da Bahia, no reitorado do Prof. Lafayete Pondé, adquiriu, com o apoio do Ministério da Educação e Cultura, na gestão do Ministro Jarbas Passarinho, a biblioteca do professor Frederico Edelweiss (1892-1976), por preço considerado então simbólico, tendo em vista os seus inúmeros livros raros. A Reitoria da UFBA, na pessoa do Magnífico Reitor Lafayete Pondé, submeteu ao Egrégio Conselho Universitário um projeto de resolução (20/08/74) para a instituição de um Órgão suplementar da Universidade com a denominação de Centro de Estudos Baianos, com o objetivo de estimular e coordenar as atividades de investigação da cultura baiana como parte da realidade brasileira, em seus múltiplos aspectos.
Nesse sentido, foi dado um passo para a fusão do ainda latente Centro de Estudos Baianos, criado em 1941 ao corpo da Universidade, com a anexação do seu espólio cultural, principalmente das publicações que realizou, em número de 73(setenta e três), sendo essa transferência efetivada com a colaboração do prof. José Calasans, que na oportunidade exercia o encargo de secretário geral do referido Centro.
A incorporação definitiva e legal do CEB, como órgão vinculado à reitoria da UFBA, ocorreu quando o Conselho Universitário aprovou o seu regimento interno, em sessão realizada no dia 10/03/1975.
Desde sua criação foram diretores do CEB os professores: Consuelo Ponde de Sena (1974-1983); Fernando da Rocha Peres (1984-1991); João Carlos Teixeira Gomes (1992-1995); Fernando da Rocha Peres (1996-2006); Kátia de Carvalho (2006- )
A origem do CEB evidencia a sua vocação inter e transdisciplinar de se relacionar com o processo da produção e da aquisição do conhecimento de diferentes disciplinas. Em 31 de julho de 1941 o CEB foi criado por um grupo interdisciplinar, formado pelos seguintes profissionais e intelectuais: Afonso Ruy de Souza (Advogado); Afrânio Coutinho ( Médico e professor universitário); Anfrísia Santiago (Professora); Antônio Balbino (Advogado); Antônio Osmar Gomes (Comerciário); Diógenes de Almeida Rebouças (Arquiteto); Frederico Grandchamp Edelweiss (Comerciário e professor universitário); Heitor Praguer Fróes (Médico); Hélio de Queiroz Duarte (Engenheiro); Hermann Nesser (Comerciário); João Augusto Du Pin e Almeida (Engenheiro Civil); Jorge Calmon Moniz de Bitencourt (Jornalista); José Antônio do Prado Valadares (Bacharel em Direito); José Calasans Brandão da Silva (Advogado e Professor Universitário); Luciano de Sá Bitencourt (Advogado); Luiz Viana Filho (Professor Universitário de Direito); Miguel Calmon Sobrinho (Engenheiro Civil); Miguel Dias Lima Santos (Desenhista); Nestor Duarte (Advogado); Oldegar Franco Vieira (Professor); Oscar Caetano da Silva (Engenheiro Civil); Osvaldo Valente (Funcionário Público); Presciliano Silva (Pintor); Raimundo Paturi (Engenheiro Civil); Rômulo Almeida (Bacharel em Direito).
A reunião desse grupo de pessoas revela que, desde 1941, vários intelectuais baianos já vislumbravam a possibilidade do desenvolvimento de pesquisas multi, pluri, inter e transdisciplinares sobre a realidade cultural baiana e brasileira. A trajetória existencial de alguns dos criadores do CEB evidencia a influência das perspectivas multi, inter e trandisciplinar nas suas ações profissionais, a exemplo de Afrânio Coutinho que, apesar de ser médico, desenvolveu uma carreira brilhante na área da literatura brasileira, atuando como um dos professores fundadores da Graduação e da Pós-Graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de ter escrito importantes livros sobre a história literária do Brasil.
A relação multi, inter e transdisciplinar com o processo de produção e aquisição do conhecimento possibilitou a alguns acadêmicos do CEB visualizarem os méritos das pesquisas e dos estudos do professor Frederico Edelweis que, mesmo não tendo um diploma de graduação, foi reconhecido intelectualmente não somente pelo seu domínio de várias línguas estrangeiras, inclusive o Tupi-Guarani, como também pela seriedade e qualidade dos seus estudos como autodidata, os quais lhe proporcionaram o título de notório saber e lhe possibilitaram construir(?) uma biblioteca com um acervo bibliográfico com mais de 24.000 livros, incluindo inúmeras obras raras. Este reconhecimento lhe proporcionou condições de atuar durante vários anos como professor de Graduação e de Pós-Graduação da UFBA.
Outro exemplo da influência da vocação inter e transdisciplinar do CEB pode ser observado na trajetória acadêmica do professor José Calasans, que, apesar de ser graduado em Direito, dedicou muitos anos da sua carreira universitária ao estudo sociológico e literário da história de Canudos e de Antonio Conselheiro. Além de criar o Núcleo do Sertão, Calasans também dedicou-se ao estudo da literatura de cordel e doou à UFBA sua coleção composta de livros e periódicos.
Foi com essa vocação multi, inter e transdisciplinar que o CEB, acolheu neste Centro, pesquisas fundamentadas na epistemologia da transdisciplinaridade e na prática pedagógica da educação transdisciplinar de interesse da Universidade como um todo.
O CEB, desde a sua criação em 1975, se propõe a estreitar relação entre personalidades brasileiras e estrangeiras de expressão intelectual significativa para a ciência e para a cultura. Na sua estrutura o CEB reconhece os seguintes tipos de pesquisadores: professor visitante, professor colaborador, professor honorário (com título oferecido pela UFBA) e professor colaborador.
O CEB também se propõe a disseminar a produção científica gerada por projetos que se circunscrevem ao seu interesse, principalmente os que são gerados pelos seus eventos (cursos de extensão, seminários, congressos, mesa redonda, debates). Para este fim foi construída a sala de conferências (com 50 lugares), que visa atingir públicos específicos, além da criação de parcerias para o uso de outros salas pertencentes a UFBA, que contemplem o maior número de pessoas. A produção resultante da comunicação formal e informal gerada por estas atividades serão escoadas em publicações periódicas, virtual ou em papel. |
> > | HISTÓRICO DO CEB
O Centro de Estudos Baianos (CEB), sociedade civil de caráter
cultural transdisciplinar foi criado em 31 de julho de 1941 por um
grupo de personalidades e intelectuais, dentre as quais destacam- se:
Afonso Ruy de Souza, Afrânio Coutinho, Anfrisia Santiago, Frederico
Edelweiss, José Calasans Brandão da Silva, José Antônio do Prado
Valadares, Herman Neeser, Presciliano Silva, Rômulo Almeida, Osvaldo
Valente, Jorge Calmon, Miguel Calmon e mais alguns de igual
importância, e de profissões variadas como advogados, arquitetos,
desenhistas, jornalistas, engenheiros, professores, médicos e
comerciantes.
A origem do CEB evidencia a sua vocação inter e transdisciplinar de se
relacionar com o processo da produção e da aquisição do conhecimento
de diferentes disciplinas. A reunião desse grupo revela que esses
intelectuais já vislumbravam a possibilidade do desenvolvimento de
pesquisa multi, inter, pluri e transdisciplinares sobre a realidade
cultural baiana e brasileira. A trajetória existencial de alguns dos
fundadores do CEB evidencia muito bem esse aspecto multidisciplinar a
exemplo de Afrânio Coutinho que, apesar de ser médico, desenvolveu uma
carreira brilhante na área da Literatura brasileira, atuou como
professor da Graduação e Pós graduação da Faculdade de Letras da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de ter escrito
importantes livros sobre a Hostória literária do Brasil. Outro exemplo
é do Professor Frederico Edelweiss que mesmo não tendo um diploma de
graduação, era comerciante, foi reconhecido intelectualmente não só
pelo seu dominio de várias línguas , inclusive o Tupi-Guarani, como
também pela seriedade e qualidade dos seus estudos como autodidata os
quais lhe propocionaram o título de notório saber e lhe possibilitram
reunir um acervo bibliográfico com mais de 24.000 livros, incluindo
obras raras e raríssimas .Este reconhecimento lhe proporcionou atuar
durante anos como professor de graduação e pós graduação da UFBA.
Outro bom exemplo pode ser observado na trajetória acadêmica do
professor José Calasans. que. apesar de ser graduado em Direito,
dedicou muitos anos de sua carreira universitária ao estudo
sociológico e literário da história de Canudos e de Antônio
Conselheiro, e também aprofundou-se na pesquisa do folclore
brasileiro.
O antigo CEB, funcionou durante anos na Escola de Administração da
UFBA. Em 17 de maio de 1974, durante o reitorado do Professor Lafayete
Pondé tendo como ministro da Educação Jarbas Passarinho, a biblioteca
do professor Frederico G. Edelweiss foi comprada pela Universidade
Federal da Bahia, por preço considerado simbólico, tendo em vista os
valiosos livros raros. A Reitoria da UFBA na pessoa do Magnífico
Reitor submeteu ao Egrégio Conselho Universitário um projeto de
resolução (20/08/74) para a instituição de um Órgão Suplementar da
Universidade com a denominação de Centro de Estudos Baianos, com o
objetivo de estimular e coordenar as atividades de investigação da
cultura baiana como parte da realidade brasileira em seus múltiplos
aspectos. Nesse sentido foi dado um passo para a fusão do ainda
latente Centro criado em 1941, ao corpo da Universidade com a anexação
do seu espólio cultural principalmente das publicações que realizou em
número de 73, sendo essa tranferência efetivada com a colaboração do
professor José Calasans que na ocasião exercia o cargo de Secretário
Geral do referido Centro.
A incorporação definitiva e legal do CEB como órgão vinculado à
Reitoria ocorreu quando o Conselho Universitário aprovou o seu
regimento interno, em sessão realizada no dia 10/03/1975.
Desde a sua criação, foram diretores do CEB a professora Consuelo
Pondé de Sena (1974 -1983), nomeada pela portaria 1322, discípula e
sucessora do prof. Frederico Edelweiss no ensino da língua tupi . O
professor Fernando da Rocha Peres, docente do departamento de História
da UFBA foi diretor em dois períodos (1984 - 1991) e (1996 - 2006).
Professor João Carlos Teixeira Gomes, do Departamento de Literatura do
Instituto de Letras (1992-1995) e a professora titular do Instituto e
Ciencia da Informação, Kátia de Carvalho (2007-2008).
Foi com essa vocação transdisciplinar que o CEB acolheu pesquisas
fundamentadas na epistemologia da transdisciplinaridade de interesse
da Universidade como um todo.
O CEB desde a sua criação em 1975, se propõe a estreitar relação entre
personalidades brasileiras e estrangeiras de expressão intelectual
significativa para a ciência e para a cultura. Na sua estrutura o CEB
reconhece os seguintes tipos de pesquisadores: Mestrandos,
doutorandos, colaborador, professor honorário. além de outros oriundos
de diversas universidades do Brasil e de outros paises.
O Centro também se propõe a disseminar a produção científica gerada
por projetos que se circunscrevem ao seu interesse princialmente aos
que são gerados pelos seus eventos ( cursos de extensão, seminários,
congressos, mesas redondas, debates,conferência) que visa atingir
públicos específicos. A produção resultante da comunicação formal e
informal gerada por essas atividades serão escoadas em publicações
periódicas virtual ou impressas. |